Rodrigo Paulino
quarta-feira, 9 de março de 2011
Ao Te Olhar
domingo, 6 de fevereiro de 2011
A Solidão Ganhou a Guerra
Quis não tirar os pés do chão
Por medo de perder o que não havia conquistadoRealmente pensei em jogar fora as passagens
De uma viajem onde o destino, não conhecia
Mas me entregaria se fosse comigo, perdi.
Não queria me entregar aos seus caprichos
As manhas e a malicias do seu jeito
Nunca me curvaria diante do seu egoísmo imposto
De só me querer fazer depois de todos
De multiplicar sua insegurança depois de falas sobre mim
Da sua ingênua e manipulável mente
Que vê mais que pensa,
Que não tira suas próprias conclusões,
Que se acomoda mais que se incomoda.
Quero ancorar,
Ficar na inércia, estático, imóvel
Sobre seus sentidos e sentimentos
Sentimentos esses que me dizem ter
Pois prova da existência
Nada me faz vê
Nada me demonstra
Nada me faz sentir
Talvez em outra chance
Outra encarnação
Em alguma fala decorada pra me fazer feliz
Eu perceba isso, que hoje é tarde pra concertar
A explosão de um sentimento congênito a amizade.
É choro, angustia que me tira o sono
Que me deixa acordado com os olhos
Secos sem pestanejar um segundo sequer,
Cumprir a sentença
O carma do culpado,
Essa pena me irrita
Pois não sei ao certo se sou aquele que
Condenas justamente.
Queria te tratar com desdém
Mas sua fogueira lasciva
Queima silenciosamente em meu peito
A escuridão não me alcança, pois essa chama
Afasta de mim a chance de deixar escorrer entre as mãos as lembranças
Agora você esta aqui me vendo sofrer
Deixa-me o contato com o tempo
Para um dia tentar te esquecer
E que você se afaste de mim
Pois não é fácil aceitar ter perdido
Estou partido em dois.
Não vou culpar você ou o destino
Pois fui eu quem escolheu o caminho
Só escuta o que tenho pra dizer
Não me arrependo
Pois entendi que eu te amava,
Que eu me amava
Por isso escolhi outro caminho
Onde meu coração caiu por terra
E a solidão ganhou a guerra.
domingo, 26 de dezembro de 2010
Regência Verbal
Aqui jaz um Coração
domingo, 28 de novembro de 2010
Tudo por Nada
E quando você acha que está completo sempre aparece alguém te mostrando um espaço vazio e se oferecendo para preenchê-lo.
Falo especificamente do coração.
Você ama, seu mundo se resume a você e a pessoa amada, a intimidade entre os dois é suficiente para a manifestação espontânea desse carinho e seus sonhos conspiram para um eternamente juntos.
No próximo instante ele chega e te esquiva de tudo que você tinha projetado, porque começa a oferecer um outro mundo em um único pagamento a vista, onde as coisas belas do amor se resumem a pequenos momentos de prazer libidinoso e o lamaçal de enganação dos sentidos ganha força frente a frágil projeção utópica do felizes para sempre.
Diante de todas essas coisas seu coração já voluptuoso deixa-se levar pelos mares revoltos das sensações momentâneas e começa a esquecer do acordo estabelecido inicialmente, é tão deleitoso que se quer mais, e não percebe-se que o primeiro dia útil do mês chegou. Chegou pra acabar o que se havia sentido com muita intensidade durantes algumas horas.
E o vazio que você deixando-se enganar acreditou existir não foi preenchido, muito pelo averso disso, não existiu nem preenchimento superficial, o que houve, e isso é fato incontestável pelo vazio que agora habita em seu vago coração corrompido pela futilidade de um beijo melado de malicia, foi a corrosão do bem mais precioso que existe entre os pares que compartilham o amor, a confiança.