domingo, 6 de fevereiro de 2011

A Solidão Ganhou a Guerra











Quis não tirar os pés do chão

Por medo de perder o que não havia conquistado
Realmente pensei em jogar fora as passagens
De uma viajem onde o destino, não conhecia
Mas me entregaria se fosse comigo, perdi.

Não queria me entregar aos seus caprichos
As manhas e a malicias do seu jeito
Nunca me curvaria diante do seu egoísmo imposto
De só me querer fazer depois de todos
De multiplicar sua insegurança depois de falas sobre mim
Da sua ingênua e manipulável mente
Que vê mais que pensa,
Que não tira suas próprias conclusões,
Que se acomoda mais que se incomoda.

Quero ancorar,
Ficar na inércia, estático, imóvel
Sobre seus sentidos e sentimentos
Sentimentos esses que me dizem ter
Pois prova da existência
Nada me faz vê
Nada me demonstra
Nada me faz sentir
Talvez em outra chance
Outra encarnação
Em alguma fala decorada pra me fazer feliz
Eu perceba isso, que hoje é tarde pra concertar
A explosão de um sentimento congênito a amizade.

É choro, angustia que me tira o sono
Que me deixa acordado com os olhos
Secos sem pestanejar um segundo sequer,
Cumprir a sentença
O carma do culpado,
Essa pena me irrita
Pois não sei ao certo se sou aquele que
Condenas justamente.

Queria te tratar com desdém
Mas sua fogueira lasciva
Queima silenciosamente em meu peito
A escuridão não me alcança, pois essa chama
Afasta de mim a chance de deixar escorrer entre as mãos as lembranças

Agora você esta aqui me vendo sofrer
Deixa-me o contato com o tempo
Para um dia tentar te esquecer
E que você se afaste de mim
Pois não é fácil aceitar ter perdido

Estou partido em dois.
Não vou culpar você ou o destino
Pois fui eu quem escolheu o caminho
Só escuta o que tenho pra dizer
Não me arrependo
Pois entendi que eu te amava,
Que eu me amava
Por isso escolhi outro caminho
Onde meu coração caiu por terra
E a solidão ganhou a guerra.


Por Rodrigo Paulino ©2011

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